Estudantes repudiam ação do SINPROESEMMA por tentar fazer greve de cunho politico
Estudantes pedem apoio de vereadores em frente à Câmara
Estudantes da rede estadual de ensino em Imperatriz foram às ruas, na manhã desta terça-feira, 28, para repudiar de forma veemente a tentativa do Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino (Sinproesemma), que tem sede regional na cidade, de tentar promover uma paralisação dos educadores nas escolas, prejudicando o andamento do ano letivo e a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Vereador Raimundo Roma manifesta apoio aos estudantes
O ato foi finalizado em frente à Câmara de Vereadores. Uma comissão de vereadores, formada por Rildo Amaral (PV), Raimundo Roma (PSL), Francisco Chagão (PT), Hamilton Miranda (PSDB), Chiquinho da Diferro (PMN) e Fátima Avelino (PMDB), ouviu os estudantes, que solicitaram apoio dos membros do Legislativo no sentido de alertar a sociedade para o uso eleitoreiro do movimento e para o risco dos estudantes serem prejudicados.
Para a presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), Jackeline Moreira, a suposta paralisação às vésperas das eleições tem motivações políticas e em nada visa a melhoria da qualidade de ensino. “Não aceitamos sermos prejudicados por esse movimento de paralisação articulado pelo Sinproesemma com forte apelo político.
Somos estudantes e desejamos que os professores estejam em sala de aula, reforçando nossos conhecimentos, principalmente nesse período que antecede a prova do Enem”, enfatizou.
Jackeline Moreira denunciou que militantes do Sinproesemma, entre eles o próprio presidente da entidade, Júlio Pinheiro, visitaram escolas estaduais em Imperatriz na semana passada, na tentativa de envolver estudantes de Imperatriz numa campanha contra a governadora e candidata à reeleição Roseana Sarney (PMDB).
“Não vamos embarcar nesse jogo sujo e conclamamos os estudantes e pais de alunos a não aceitarem esse tipo de iniciativa que em nada engrandece a nossa educação”, refutou a líder estudantil.
“Sou estudante e luto por um futuro com melhores dias. A educação pode me permitir isso, mas, com atitudes como essa do sindicato, me sinto prejudicada”, afirmou a estudante Fabiana Freitas, 18.
Em nota divulgada na imprensa, a Umes afirmou que “não há como dar credibilidade a um movimento que nasce sem base classista e reúne um grupo de poucos revoltados. Os pais querem os filhos na escola, estudando. Os estudantes querem os professores em sala de aula”.
Outro trecho da nota diz que “em outros momentos, manifestações justas e em momentos oportunos, a Umes esteve na vanguarda, ao lado dos professores. O que não podemos aceitar neste momento, é que a educação seja prejudicada por interesses alheios a educação”.
Os vereadores imperatrizenses afirmaram apoiar os estudantes e classificaram “como absurdas”, a iniciativa de paralisação às aulas na rede estadual de ensino em um período de reforço no conteúdo, para que os alunos obtenham bons resultados no Enem 2010. “Manifestamos nossa solidariedade aos estudantes e pedimos a sensibilidade dos professores, para que se mantenham em sala de aula”, disse a vereadora Fátima Avelino.
“As reivindicações dos estudantes são justas e demonstram a preocupação da comunidade estudantil em não ser prejudicada por um movimento articulado com objetivos políticos”, destacou o presidente da Câmara, Hamilton Miranda.
O Gestor Regional de Educação, Agostinho Noleto, informou que a maioria das escolas da rede estadual de Imperatriz funciona normalmente e que diretores e professores se mantêm dispostos a continuar em sala de aula.
“Está cada vez mais claro para a comunidade escolar e a sociedade que a suposta paralisação tem motivos eleitoreiros, o que é inadmissível”, disse.