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Vereador diz que exigências de órgãos podem decretar fechamento de bares

José Carlos Soares convidou o secretário de Meio Ambiente, Cleto Vasconcelos a prestar esclarecimentos A tragédia ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria (RS), ainda continua repercutindo em todo país e fez os órgãos de segurança ficar em estado de alerta no sentido de evitar novas ocorrências. O vereador José Carlos Soares Barros (PTB), líder do Governo na Câmara Municipal, observou que “toda vez que acontece uma catástrofe no Brasil essa prática anterior recai sobre a pobreza; o episódio de Santa Maria ainda vem fazendo suas ‘vítimas’ em todo país”. “No Maranhão, estou vendo a decretação da falência de quem vive de vender bebidas (alcóolicas e refrigerantes) em virtude das exigências feitas pelos órgãos públicos de quem está sobrevivendo de uma banca de espeto e a venda de cerveja em um verdadeiro absurdo”, disse ele, que prevê dezenas de pais de família desempregados nestes próximos meses e sem perspectivas de sustentar os filhos. Ele considera uma distorção cobrar [impostos e medidas] de um pequeno estabelecimento que comercializa bebidas (bar ou mercearia) semelhante aos donos de boates e casas de shows em Imperatriz. “As autoridades estão cobrando lá o mesmo valor que querem cobrar de boates situadas no centro da cidade”, rechaçou. O vereador José Carlos ressaltou que sempre defendeu o livre direito aos donos de bares para que possam comercializar seus produtos; lembrou que no passado a Câmara Municipal aprovou de maneira errônea uma lei, segundo ele, por que havia uma juíza no plenário do Poder Legislativo. “Quando tem juiz ou promotor no plenário alguns vereadores ficam com medo, mas diferentemente de mim acho é bom para ouvir o que estou dizendo, pois o voto é meu, o direito de falar é livre e é constitucional, muito embora seja ameaçado de processo”, disse ele, que na época votou contra a proposta que defendia o fechamento de bares a partir das 22h, em Imperatriz. Ele argumentou que o dono de bares paga taxas, licenças e impostos, porém não tem seu direito respeitado semelhante à de outros que tem vida noturna. “Se a pessoa tem uma discoteca ou bar, desde que não esteja perturbando o sossego público, porque não funcionar?”, questionou. Na tribuna, o vereador líder do Governo Madeira solicitou à Mesa Diretora que seja convidado o secretário de Meio Ambiente, Cleto Vasconcelos, para que prestar esclarecimentos e apresentar uma solução para que os proprietários de bares e mercearias consigam legalizar seus estabelecimentos comerciais em Imperatriz. [Da Assessoria]