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Comunidades impactadas pela duplicação da EFC interditam estrada

A paralisação ocorreu no município de Miranda- MA no último sábado
Lideranças de diversas comunidades, no interior de Miranda, interditaram na sexta (13) e sábado (14) a estrada vicinal que corta o povoado Cariongo III, localizado no quilômetro 110 da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Os moradores dessas comunidades denunciam os impactos decorrentesimages da duplicação da Estrada de Ferro Carajás e cobram da empresa Vale S.A medidas de conservação do meio ambiente nessas localidades. A empresa tem a concessão da estrada de ferro que corta o município e é responsável pela duplicação.
A estrada interditada no último fim de semana é usada pela empresa Vale para transportar o material usado na duplicação da Ferrovia. Os líderes desses povoados afirmam que o impacto socioambiental gerado pelas ações de duplicação da ferrovia é intenso. “A movimentação de carros pesados é grande, as pessoas não conseguem descansar; além disso, suas casas apresentam rachaduras e perderam os caminhos para suas roças”, afirma uma moradora.
“No período da estiagem, além do barulho, tínhamos que suportar a poeira forte, agora no período chuvoso, é a lama que incomoda”, conta outro morador. A interdição da estrada chamou a atenção dos representantes da empresa Vale e os motivou a conversarem com as comunidades.
Em seguida foi realizada uma reunião em Miranda, com a presença do prefeito da cidade. Na ocasião os moradores dos povoados denunciaram todos os problemas que estão enfrentando em decorrência da duplicação: seca dos igarapés, interdição dos caminhos de roça, animais mortos pelo trem, barulho, casas rachadas, entre outros. A empresa se comprometeu em asfaltar a estrada e criar vias de acesso.
Rede Justiça nos Trilhos 
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Assessoria de Comunicação
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