Encerrado esse ciclo de domínio que deixou uma grande herança maldita para os maranhenses, vemos com pesar que a cada dia conhecem-se novos indicadores sociais tão ruins que desafiam futuros governos e põe à prova a própria população maranhense. Como exemplo, temos dois deles recém divulgados. Um versa sobre o aumento do número de pessoas que entraram na faixa de pobreza classificada como miseráveis, número que ascendeu a 871 mil pessoas no total em 2013, consolidando o Maranhão como recordista absoluto do país na concentração da miséria, em termos relativos ao tamanho da população. Isto com o agravante de que, somente no ano citado, 118 mil pessoas engrossaram esse número, jogando definitivamente por terra os devaneios repetidos à exaustão de que tudo vai muito bem em nosso estado.
O
segundo apareceu quinta-feira passada na Folha de São Paulo, que divulgou mais
um dado deprimente – entre tantos – ao publicar o resultado da Prova Brasil,
com dados de provas com estudantes de todos os estados. Nessa compilação, os
dados do Maranhão em português e matemática são vergonhosos. O título da
matéria é “Estados que concentram o maior percentual de alunos no pior nível”.
Para o quinto ano, final do ensino fundamental, o Maranhão é o último colocado
entre todos, com 49 por cento dos estudantes abaixo do nível 1 e para o nono
ano, final do ensino médio, o nosso estado é também o último, com 38,4 por
cento dos estudantes abaixo do nível 1. Alagoas é o próximo pior e o Piauí,
nosso companheiro de infortúnio em outras áreas, nesta está muito melhor do que
nós.
Para
terem uma ideia, no nível 1 está aquele estudante que não consegue identificar
o personagem principal em uma fábula. Os níveis razoáveis começam a partir do
nível 5, para o aluno do quinto ano. O estudante do nono ano abaixo do nível 1
é aquele que não consegue interpretar expressões e opiniões em crônicas. Do
nível 5 até o 8 é onde estão níveis razoáveis para bom. A tragédia é tão
completa que a grande maioria dos estudantes maranhenses está abaixo do nível 5
em ambos os casos.
Com
efeito, Roseana fecha o seu legado caracterizado pela enorme determinação,
sempre demonstrada, em evitar que o Maranhão tivesse um nível educacional pelo
menos razoável. Não custa lembrar que quando saiu do governo em 2002, após oito
anos de mandato, o estado não tinha ensino médio em 159 municípios.
Infelizmente,
o legado danoso dos anos em que esteve no governo é muito maior e abrangente,
pois atinge profundamente a vida dos maranhenses em todos os setores. Desde as
finanças do estado, equilibradas no meu governo e mantida com a boa gestão com
Jackson Lago, e que agora nesse final estão descontroladas. Não raro somos
surpreendidos com notícias alarmantes, desde o caos em que submergiram todos os
serviços prestados pelo estado como segurança, saúde, educação… Descontrole
visível também na nunca presenciada onda de violência que atinge toda a
população e até mesmo o aparelho policial e no caos em que vivem o sistema
hospitalar, com a falta de pagamento generalizado, que priva a população de médicos
e paramédicos e até mesmo sem material básico para o atendimento hospitalar. Na
educação já não temos para onde cair…
Não
bastasse isso, nas finanças o não pagamento de serviços e convênios contratados
é geral, incluindo também o pagamento de precatórios. Aliás, o único pago deu
no que deu e foi parar nos anais da Operação Lava Jato.
Então,
como afirmar que Roseana Sarney está entregando um estado com as finanças em
dia para Flávio Dino? Deviam ser mais sérios!
Tempos
difíceis virão por aí, mas Flávio vem montando uma equipe competente e com
muita vontade de trabalhar. Dessa forma, com muita determinação e austeridade,
o Maranhão vai encontrar o seu tempo de bonança.
Vamos
virar essa página triste de nossa história com determinação e a esperança de que
encontraremos o nosso lugar entre aqueles estados considerados os melhores para
a sua população.
A
honestidade, que será o padrão das ações do governo, nos dará as condições
financeiras para o desenvolvimento e a melhoria de nossas condições sociais.
Agora
uma coisa é certa. As coisas estão se complicando muito, muito mesmo, para
Roseana Sarney. Tempestade à vista para eles…
E,
para fechar, vamos lembrar um ditado muito conhecido nosso, um bordão muito
usado por minha avó: “Aqui se faz, aqui se paga!”.
Não
é preciso dizer mais nada!
Do Blog Jhon Cutrim