Na greve da PM perderam os "contras"
Do blog Prensa Libre
Carlos Gaby
Para decepção dos agitadores extra-movimento, os eternos "contra", a greve dos policiais militares e bombeiros terminou sem enfrentamentos e derramamento de sangue. Bom para o Maranhão. Bom para a categoria, de qual reivindicação justa conseguiu extrair o melhor, tanto que concordou com o acordado nas negociações.
Mas para os agitadores das redes sociais e da trincada trincheira oposicionista, que tentaram dar um matiz político ao movimento, tudo pensando em 2012 e 2014, ficou o gosto amargo da frustração. Queriam ver irmãos se destruindo e a unidade do Estado parar nas pendengas violentas dos tempos dos coronéis. Quebraram a cara.
O terror coletivo e a instabilidade psicológica, quiseram pregar. Usaram microfones, horários na tv, espaços em jornais, postagens na internet, para incutir o medo na população. Receptivos aos apoios, os líderes grevistas, no entanto, souberam separar o joio do trigo, e resguardar a legitimidade do movimento.
O espírito de responsabilidade cidadã e o respeito ao estado de direito, afinal, conduziram o movimento a uma saída estritamente bilateral, obstruindo qualquer vantagem político-ideológica dos "contra" e seus eternos rancores, com seus sentimentos obtusos e ditatoriais.
Que o rescaldo da crise sirva de reflexão para as futuras relações do Poder e de Poder, que o bom senso seja observado nos dois lados. E que a contaminação do “quanto pior melhor” paire sobre o cemitério das pequenas almas, que insistem em fincar consciência em velhos preceitos.
O jogo democrático das eleições não pode passar pelos pequenos corações, mas pela consciência livre do povo, que decidirá soberana e pacificamente nas urnas.
Ainda bem que os policias e bombeiros souberam julgar que, fortes, podem muito, mas manchados pelo velho sindicalismo político poderiam sucumbir na desconfiança e no descrédito. Em tempo, refutaram as investidas “ideológicas” e agiram com a responsabilidade e o respeito que a população maranhense esperava. Perderam os interesseiros políticos, os eternos "contra".