Vereador destaca a necessidade da DPCA em Imperatriz
Diante da quantidade de
casos de violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes em
Imperatriz e região, o assunto amplamente discutido da necessidade do retorno
da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) em Imperatriz tem
virado pauta de discussão também na Câmara Municipal. O vereador Enoc Serafim
(PDT), que encaminhou ainda no dia 21 de maio à governadora Roseana Sarney a
indicação solicitando a delegacia para a cidade, destaca a urgência na
realização do pedido.
Citando a atuação do
Deputado Estadual Dr. Antonio de Pádua (PRB), que também defende o assunto na
Assembleia Legislativa, o parlamentar comenta sobre o aumento no número de
casos. “Desde que nos aliamos nessa luta,
juntamente com o deputado, em favor do retorno da DPCA, podemos observar que
infelizmente os números aumentam a cada ano. Já disse e repito que essa
incidência está diretamente relacionada á falta de punição para os agressores.
Não podemos permitir que nossas crianças fiquem presas enquanto esses monstros
se mantêm à solta procurando uma próxima vítima”, destaca.
O projeto solicitando o
retorno da DPCA para Imperatriz é defendido na Assembleia Legislativa desde
2009 pelo Deputado Estadual Dr. Antonio de Pádua(PRB).
De acordo com dados do
Centro Especializado de Referência de Assistência Social (Creas) de Imperatriz,
em 2011 foram registrados 72 casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
Em 2012, foram 78. Este ano, somente até
o mês de setembro, ocorreram 121 casos. Por falta de uma delegacia
especializada, as investigações sobre esses crimes são de responsabilidade da
Delegacia da Mulher, que atende além dos casos de violência doméstica contra a
mulher, ocorrências de agressão a idosos.
Em pronunciamento na tribuna popular da Câmara
Municipal, representantes da Rede Proteger, formada por órgãos e entidades que
lutam pela defesa dos direitos da criança, protestaram sobre o acúmulo de
pastas sob responsabilidade das delegadas, que tem provocado atraso na conclusão
de processos, devido à falta de efetivo suficiente para realizar as
investigações.