DEPUTADA VALÉRIA MACEDO PARTICIPA COM FLÁVIO DINO DE ‘DIÁLOGOS COM AS MULHERES”
A deputada estadual Valéria Macedo(PDT), em mais um fim de semana na região tocantina, participou ontem de encontros políticos em Imperatriz e Campestre do Maranhão, acompanhando a caravana do movimento “Diálogos pelo Maranhão” do pré-candidato a governador Flávio Dino que realiza esses encontros no sentido de buscar debater os problemas do Maranhão e obter subsídios para montagem de seu futuro programa de governo.
Na noite da última quinta-feira a
parlamentar sul maranhense fez em Imperatriz, durante o encontro denominado
“Diálogos com as mulheres”, um vigoroso discurso quando mapeou os problemas da
região, falou de sua atuação como parlamentar na defesa das causas da saúde e
fez várias propostas ao programa de governo do pré-candidato das oposições.
Veja na íntegra o discurso da deputada que
foi bastante aplaudido por homens e mulheres que lotaram o auditório da Igreja
Shallon.
Companheiras
mulheres, companheiros homens aqui presentes, quero antes de tudo parabenizar o
nosso pré-candidato à governador Flávio Dino por esta iniciativa de ouvir o
povo do Maranhão as lideranças e mais ainda, ouvir as mulheres.
No Brasil, no
nosso Maranhão, o debate sobre economia, Meio Ambiente, Saúde, Educação e
Segurança Pública, sempre aconteceram nos gabinetes, se a presença ou
participação do povo, sem a participação das mulheres e demais segmentos que
tanto clamam por melhorias, mas sempre acabam ficando de fora das prioridades
do governo.
Penso Flávio Dino,
que não é exagero afirmar, que nós, as pessoas desta região, somos as antenas
da oposição no estado. Nosso saudoso Jackson Lago cultivou por aqui bem esta
planta e nós a temos regado com responsabilidade e maturidade. Nossa caminhada
se iniciou ao lado do Governador Jackson Lago em 1994, 2002, 2006 e 2010 e
compreendemos que agora é sua vez de conduzir o processo político à frente.
A posição política
minha, do meu irmão Deoclides Macedo, do meu marido Marco Aurélio e de todo
nosso grupo é e sempre foi ao lado do campo democrático. Desse modo, reafirmo
nosso compromisso político com este aguerrido povo tocantino, com nossas
bandeiras mais caras, com você e com todos aqueles que sonham e lutam por um
Maranhão justo, desenvolvido e democrático.
Flávio, Rosângela,
companheiros e companheiras... As nossas carências são crônicas e
diversificadas. Uma das maiores aqui na região e de Imperatriz penso que seja
no campo das políticas sociais, dentre as quais destaco a saúde, a educação
básica, técnico, tecnológica e superior e a segurança pública, cujas condições
estruturais e de pessoal em Imperatriz e região são as mais críticas.
Um novo governo
que esperamos seja instalado a partir do ano que vem, tem um grande desafio
pela frente em todos os setores políticos administrativos, mas em relação às
mulheres que é o tema aqui a ser debatido, tem que:
1 - Executar
políticas públicas de enfrentamento a todas as formas de violência de
gênero, cujos índices são inaceitáveis, pela real implementação da Lei Maria da
Penha; 2- Executar uma política de a promoção da igualdade salarial; 3 -
E que nesse novo governo sejam finalmente atendidas as nossas reivindicações
por creches, o fortalecimento do SUS e a efetiva implementação de um Plano
Estadual de Políticas para as Mulheres, entre outras pautas.
Na Assembleia
Legislativa do Maranhão desde o início de nosso mandato propomos e temos cobrado
do governo do Maranhão a instalação de Delegacias Especializadas da Mulher em
Estreito e Grajaú, duas regionais importantes devido ao crescimento
econômico e demográfico que vem trazendo muitos problemas de violência contra a
mulher, sendo que a implantação de uma delegacia especializada nessas duas
cidades beneficiará diretamente uma população estimada em mais de 100 mil
habitantes, segundo dados do IBGE.
Por isso precisamos
de Delegacias Especiais da Mulher para que possamos defender e garantir direitos,
segurança e uma melhor qualidade de vida para as mulheres.
Mas delegacias que
funcionem. Não basta criar essas especializadas e não dar condições para seus
funcionamentos, como vem acontecendo na maioria das 17 delegacias da mulher no
Maranhão. Temos o exemplo de Açailândia, cidade onde os casos de violência
contra a mulher são quase que diários e lá a delegacia, desde que foi
implantada, nunca funcionou ou a contento.
Outro assunto que
merece uma grande mudança no novo governo que pretendemos implantar com a graça
de Deus e a ajuda do povo do Maranhão, é a Saúde Pública.
Precisamos mudar o
rumo da saúde do estado para o setor público. O modelo, a maneira de se fazer
saúde que ai está não pode permanecer, terceirizada, gerenciada por OSCIPs e
ONGs que não aplicam corretamente os recursos da saúde.
As relações de
trabalho na área da saúde pública e que atinge em sua maioria as mulheres é
precarizada, por isso o concurso público é uma de nossas bandeiras de luta.
Precisamos construir um quadro de enfermeiros, auxiliares e técnicos de
enfermagem nos hospitais e demais estabelecimentos de saúde do Estado,
servidores públicos de carreira e não de indicações políticas e contratações
precárias.
Defendemos a carga
horária de 30 horas para os profissionais de enfermagem, incluindo enfermeiros,
auxiliares e técnicos de enfermagem que é uma reivindicação nacional, já provada em alguns estados. Aqui, no Maranhão,
aprovamos o Projeto de Lei, de minha autoria, no mesmo sentido, mas,
infelizmente, foi vetado pela governadora.
O grande hospital
regional de Imperatriz de alta complexidade, que era projeto de Jackson e de
nosso PDT nunca saiu do papel. Jackson chegou a disponibilizar os recursos, mas
não teve tempo de fazê-lo. O governo chegou a iniciar a construção de um
hospital aqui na estrada de João Lisboa, com 100 leitos, mas não avançou. 100
leitos para Imperatriz e região é algo muito pequeno, insuficiente. Aqui
precisamos de um hospital de alta complexidade do estado com o mínimo de 300
leitos, bem equipado, com recursos e com servidores de carreira concursados.
Finalmente, meu
caro Flávio Dino, companheiras e companheiros, que no novo governo a ser
implantado no MA as mulheres realmente estejam fazendo parte dele, pois hoje a
representação feminina ainda é muito simbólica e não efetiva.
Nós mulheres
estamos fora do poder. As mulheres são
cerca de 52% dos eleitores brasileiros, mas aqui no Maranhão apenas 17% das 42
cadeiras de deputados são ocupadas por mulheres, ou seja, somos apenas 7
deputadas estaduais aqui no Maranhão.E essa média de percentual se reproduz
Brasil a fora.
Nós mulheres
precisamos ocupar o poder nos mais diversos níveis, inclusive no Poder
Executivo, que no Brasil é o responsável pelas políticas públicas de saúde,
educação, dentre outras.
Qualquer governo
que pretenda ser minimamente democrático tem que trabalhar fortemente para
equilibrar a enorme desiguldade de gênero
no poder.
São essas as
minhas palavras... Que Deus nos abençoe a todas e a todos...
FOTOS KELLY
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