Comovida, Rosi Vicentini fala da relação de Eduardo Campos com sua campanha à Deputada Estadual
Em entrevista, Rosi disse que a partir de agora o partido, junto com o povo, unirá forças para avançar (Foto: Assessoria) |
A candidata à Assembleia Legislativa do Maranhão Rosi Vicentini (PSB) conta sobre a relação de Eduardo Campos (PSB) com sua campanha para deputada estadual em 2014. Segundo ela, o concorrente à Presidência da República, morto em um acidente aéreo na manhã da última quarta-feira (13) no interior de São Paulo, apoiou e acreditou em sua candidatura desde o início, no momento do ato de filiação dela ao Partido Socialista Brasileiro.
Nesta entrevista, realizada em Imperatriz, Vicentini diz estar bastante comovida com a perda do líder maior e correligionário socialista. Ela conta que Campos sempre foi uma de suas maiores inspirações na vida pública, assim como o ex-governador do Maranhão Jackson Lago, e reafirma o compromisso de continuar com o desejo de libertação do Estado, contribuindo com a luta que agora é dela e de todos os maranhenses que acreditam na nova política.
Como surgiu a ideia de se filiar ao PSB e disputar o pleito de 2014 como candidata à deputada estadual?
Eu trabalho na comunicação há anos e sempre estive acompanhando a luta do nosso saudoso Jackson Lago, desde sua primeira campanha para governador até quando ele se foi. No ano passado, eu estava apresentando um evento em São Luís, ocasião em que o candidato à Presidência da República Eduardo Campos estava presente. Naquele dia, fui convidada pelo presidente do PSB no Maranhão e prefeito do município de Timon, Luciano Leitoa, para me filiar ao partido. Eu aceitei o convite, pois senti que, a partir daquele momento, poderia continuar os ideais de Jackson, agregando novas ideias e a maneira renovada de fazer política, que era a principal característica de Eduardo Campos.
No início, como o candidato à presidência Eduardo Campos agiu em relação à sua candidatura rumo à assembleia estadual?
Bom. Eduardo Campos, que é uma de minhas maiores inspirações, sempre acreditou na nossa campanha e nos apoiou bastante desde o início. Ele protagonizou um dos momentos históricos mais marcantes na minha vida pública, que foi o ato da minha filiação partidária. Isso aconteceu logo depois de eu ter recebido o convite e decidir me filiar ao partido. A cerimônia da minha filiação aconteceu no próprio gabinete de Campos, no Palácio das Princesas em Recife, no Estado do Pernambuco. De lá, viajamos para Salvador, Brasília, cumprindo a agenda de pré-campanha dele. Em nossas conversas, Campos frisava que eu havia tomado a decisão certa. Nós discutimos muito sobre a nova forma de fazer política e estou oferecendo isso a todos os maranhenses que acreditam na nossa capacidade, que acreditam numa política renovada e que vá de acordo com os anseios da nossa sociedade.
Depois da sua filiação ao PSB, como você acompanhava os planos de Campos em favor do Estado do Maranhão?
Luciano Leitoa era amigo particular de Eduardo Campos há anos. Por isso, Campos conhecia bastante as verdadeiras necessidades do nosso Estado. Isso já era um diferencial muito grande, pois não é fácil encontrar um candidato à presidência do país que entenda, de fato, a realidade maranhense e veja nossa gente com outros olhos. Luciano sempre acompanhou minha campanha. Como presidente estadual do PSB, ele tem dado muito apoio. E olha que ele também é um exemplo bem expressivo de que a juventude caracteriza o processo de renovação política, principalmente no Estado do Maranhão. Em 2002, quando ainda tinha 21 anos, Luciano Leitoa foi eleito deputado federal, o mais jovem da história do país. Desde o início, Luciano tem me orientado como candidata e, assim, eu acompanho as atividades do partido devido a essa proximidade com ele.
Qual foi sua reação ao receber a notícia da morte do líder maior do seu partido?
Hoje, como de costume, levantei cedo, coloquei o meu "botton" de campanha no lado direito e o de Eduardo e Marina no lado esquerdo. Estive de loja em loja na Avenida Dorgival, em Imperatriz, visitando o comércio da cidade, de pé no chão, sorriso no rosto e com minha campanha simples. Eu sempre tenho encontrado muito incentivo, declarações de votos e apoios. Só ao final da nossa atividade é que fui informada de que havíamos perdido o nosso líder maior do PSB. No início, a dúvida ainda nos alimentava uma esperança, mas logo veio a confirmação que arrebatou a todos nós e a alegria de um dia que tinha começado com o arrojo típico de quem carrega no peito os ideais da Nova Política. Nossa geração perde um dos mais talentos políticos do Brasil. Campos é reconhecido por sua imensa capacidade. O nosso país perde uma forte liderança.
A lacuna que a morte de Eduardo Campos deixa ao PSB vai fazer diferença em sua campanha daqui pra frente?
Uma das frases marcantes de Eduardo Campos é a que devemos ter coragem para mudar o Maranhão e o Brasil. E nós vamos seguir sem desistir do nosso Estado, sem desistir do nosso povo que sempre esteve à mercê da velha política e que nos últimos 50 anos tem sofrido nas mãos da oligarquia com a falta de valorização, respeito e desenvolvimento socioeconômico. A população da região Tocantina agora pensa diferente. Nossa juventude sabe que pode decidir essa eleição, por isso, está apoiando a nossa campanha. Quando converso com os trabalhadores, as donas-de-casa, os homens e mulheres em geral, eles me dizem que nossa região vem sendo esquecida há muito tempo pelos que estão no poder. Esse sentimento de necessidade está de vários municípios do centro-sul do Estado, como Açailândia, Imperatriz, João Lisboa, Davinópolis. Por isso, nós estamos dispostos a fazer essa mudança. A luta de Jackson Lago, de Eduardo Campos, agora é minha e de todos os maranhenses que acreditam que o Maranhão pode mudar. E nós vamos conseguir transformar o nosso lugar num ambiente melhor, que proporcione mais qualidade de vida para nossa gente.