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Senador Roberto Rocha vota favorável à admissibilidade do impeachment no Senado




O senador Roberto Rocha (PSB-MA) anunciou, na tribuna do plenário do Senado, seu voto pela admissibilidade da abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, analisado na sessão do Senado que começou nesta quarta-feira (11) e se estendeu pela madrugada de quinta-feira (12).


“Entendo que o processo de impeachment é de natureza política, com fundamento jurídico. A denúncia que chega a esta casa, amparada por 367 votos, por si só já configura um veredito político, que nós senadores, pelo menos nessa etapa, não podemos ignorar”, declarou.


Roberto Rocha cumprimentou Renan Calheiros pela firmeza com que obstruiu a tentativa do presidente interino da Câmara dos Deputados de invalidar a vontade soberana do parlamento. “Afirmo, sem medo de errar, que o presidente da Câmara pode até carregar o Maranhão em seu nome, mas não traduz em seus atos o sentimento do nosso povo.”


O senador afirmou que nesse primeiro momento o que está em questão é admissibilidade do processo e o aspecto jurídico deverá ser enfrentado na votação subsequente, com mais detalhado parecer sobre o reconhecimento dos três requisitos básicos que possam caracterizar a responsabilidade da presidente, quais sejam o elemento objetivo, o elemento subjetivo e a materialidade ou relevância. No entanto ressaltou que para votar favoravelmente à admissibilidade fundamentou sua decisão em minucioso estudo realizado tecnicamente por sua assessoria, abordando os aspectos legais imputados na denúncia.


E disse que sua posição não implica qualquer censura à conduta e à dignidade pessoal da presidente, de quem sempre recebeu tratamento republicano, marcado pela civilidade e respeito mútuo.


Roberto Rocha lembrou que o Maranhão foi o estado que deu a maior votação proporcional à presidente Dilma, e mesmo assim recebeu menos investimentos, em todos os governos do PT. “Em 13 anos, nenhuma grande obra pública de infraestrutura foi inaugurada no estado do Maranhão”, disse.