Plenário derruba convocação de secretário de Saúde
Por Carlos Caby
Por 14 votos contra, a Câmara de Vereadores rejeitou proposição do vereador Ricardo Seidel (Rede) que solicitava a convocação do secretário de Saúde nomeado, Ely Samuel dos Santos Silva (nomeado pelo prefeito Assis Ramos como interino e ordenador de despesas, sendo que o indicado é Alair Firmino), para prestar esclarecimentos sobre as condições de funcionamento do Hospital Municipal (Socorrão) e do Hospital Infantil (Socorrinho), assim como sobre processos licitatórios da secretaria, recursos encontrados em caixa e pagamentos, além de explicações sobre atraso de salários de médicos e outros servidores.
Em sessão movimentada, oposicionistas e governistas debateram principalmente a situação do Socorrão e comentaram a visita de uma comissão de vereadores ao hospital, na tarde de terça-feira, 7, para apurar uma série de denúncias, como falta de UTI’s e medicamentos na farmácia, superlotação, condições sub-humanas de atendimento de pacientes e precárias condições de trabalho de funcionários.
Proposição
Vereadores da base aliada do prefeito argumentaram que a convocação do secretário para prestar esclarecimentos em sessão aberta era desnecessária, sob alegação de que o secretário assumiu oficialmente tem poucos dias e que maioria das denúncias tem origem no governo passado.
Irritado, o líder do Governo, Hamilton Miranda, chegou a propor a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a saúde desde o governo passado de Sebastião Madeira. O vice-líder, Chiquim da Diferro, havia proposto antes a solicitação de um relatório constando valores recebidos e compromissos a serem honrados pelo Município na área da saúde.
Os líderes acordaram e a Mesa Diretora concordou em convidar o secretário para ser ouvido pela Comissão de Saúde, primeiramente.
A oposição defende que, dependendo das informações repassadas pelo secretário à comissão, ele seja convidado para ser sabatinado pelo Plenário.
A instalação de uma CPI não foi descartada, porém há poucas chances de aprovação.