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“Câmara não pode assumir erros do prefeito”, diz presidente da Câmara José Carlos Soares Barros



Texto: Carlos Gaby/Assimp

O presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares, voltou a fazer críticas à maneira como o prefeito Assis Ramos (PMDB) vem tratando os assuntos institucionais entre os dois poderes e disse que a Casa não compactua com erros administrativos da equipe de assessores do prefeito.

“A Câmara não pode assumir erros do prefeito. Estamos tem 120 dias esperando a boa vontade do prefeito e colaborando nos assuntos que são de interesse da cidade, mas não podemos concordar com uma série de coisas que vem acontecendo”, afirmou o presidente, durante pronunciamento no encerramento da sessão desta terça-feira, 2.

José Carlos lembrou que escolas conveniadas estão a quatro meses sem receber pagamentos, contribuintes do Município estão sendo prejudicados porque a Secretaria de Fazenda do Município não está emitindo alvarás de funcionamento e os mesmos as pessoas que precisam atualizar o IPTU até agora não receberam o documento. “Impensável, entramos em maio e o IPTU ainda não está disponível. A secretaria funciona precariamente”, frisou.

“A verdade é que a equipe do prefeito é fraca. Não quero acreditar que esteja havendo proteção de pessoas que trabalharam na campanha do prefeito. O prefeito está cheio de boa vontade, mas só boa vontade não basta”, afirmou.


O presidente defendeu também a atuação independente de cada vereador e disse que tem dois anos trabalha para melhorar a imagem da Casa. “A Câmara está de prontidão para ajudar a cidade, para colaborar no que for realmente de interesse da cidade. Aqui cada vereador tem sua responsabilidade, foi eleito ou reeleito democraticamente, e não podemos comprometer nossa imagem apoiando coisas que não estão certas”.

Solidariedade

José Carlos prestou solidariedade ao vereador Carlos Hermes (PCdoB), que na última sexta-feira foi intimado pelo prefeito Assis Ramos a se retirar de seu gabinete, durante reunião na Prefeitura em que se tratava de decreto que traz insegurança jurídica aos direitos adquiridos dos funcionários públicos do Município.

“Eu também teria deixado a reunião em solidariedade ao vereador Carlos Hermes se lá estivesse”, garantiu o presidente.

Carlos Hermes se pronunciou sobre o assunto durante pronunciamento na tribuna. Disse que estava na reunião tratando de interesses dos servidores públicos, assim como os outros três vereadores presentes no gabinete do prefeito.

“Não fui tratar de assunto particular nem só de uma categoria, mas de todos os servidores. Não agi com interesse político, mas, talvez no calor do debate, disse ao prefeito que agora ele é prefeito e não delegado, porque ele desde o começo esteve irredutível em sua decisão e também porque impediu que a minha fala”, explicou.

O vereador disse que “colocava um ponto final no episódio” e que cada colega de parlamento se posicionasse de acordo com suas conclusões pessoais.