Audiência sobre regulamentação do transporte por aplicativo lota a Câmara Municipal
Seidel iniciou a sessão agradecendo a todos e informando que as categorias dos mototaxistas, taxistas e transporte coletivo já tiveram seus espaços, mas faltava uma audiência para os motoristas de aplicativos que tem dado uma contribuição grande para a economia e que cidades de grande e médio porte exigem essa preocupação com a mobilidade urbana. A tendência mundial são os transportes por aplicativos. “A população tem mudado. Quer saber que tipo de carro vai pegar, quem dirige, quer ser buscado em casa, quer praticidade, abrindo seu celular e tendo na porta um transporte de qualidade de eficiência e barato. O que todo mundo quer é preço”, disse.
Valmir Ferreira, Presidente da associação dos motoristas por aplicativos de Imperatriz, levantou os pontos positivos e negativos do trabalho. Ressaltou que eles, assim como os taxistas e mototaxistas, têm todo o direito de trabalhar de forma justa. “Viemos discutir a lei que foi criada, mas temos certeza que é inconstitucional, pois essa lei é feita para taxis e não para motoristas de aplicativo”. Para ele quem está contra os aplicativos, está contra a população. O parágrafo que a categoria é contrária é a parte que limita a quantidade de motoristas, pois o controle é feito pelos próprios aplicativos, através de avaliação individual dos usuários. Se o motorista não prestar um serviço de qualidade será automaticamente excluído.
Adhemar Freitas Jr e Fabio Hernandez (PSC) tiveram praticamente o mesmo entendimento, de reconhecer essa nova categoria que ajuda as pessoas a terem mobilidade mais barata em um período de crise e falta de dinheiro. “Cabe ao município regulamentar essa situação através desta casa legislativa e a audiência serve para ouvirmos suas reclamações. A regulamentação foi votada ano passado, mas a revolução foi tão rápida e tão boa, que mudou a realidade do transporte publico de todo o Brasil. O mercado é isso e não seremos contra o que é bom para a população”.
Ricardo Seidel explicou ao fim da audiência que a intenção é alterar a lei para adaptar à realidade, que antes era uma e agora mudou. Para ele, limitar irá encarecer o serviço e o que determina a qualidade é o atendimento. Quem é mal avaliado perde o direito de trabalhar. Os aplicativos são exigentes e se um motorista recusa chamadas, também é mal avaliado e termina perdendo o direito de prestar o serviço.
Uma lista de proposições foi feita, e estas serão apreciadas pelas comissões para que haja nova discussão em plenário ou alteração na proposta de lei 1737/18 que trata dessa regulamentação.