NOVO CORONAVÍRUSHumanização é adotada no Hospital Municipal de Campanha Covid-19
Objetivo é estabelecer uma relação de confiança
Publicado em: 20/05/2020 por Kalyne Cunha
Secretaria Municipal de Saúde, Semus, por meio do Hospital Municipal de Campanha Covid-19, prioriza humanização hospitalar aos pacientes e familiares. Objetivo é tornar os processos mais qualificados, unindo o comportamento ético, conhecimento técnico e o entendimento necessário do histórico do paciente, estabelecendo uma relação de confiança.
Para a humanização da área da saúde, a comunicação é uma das ferramentas essenciais no processo. Em virtude disso, a coordenação do hospital juntamente com a equipe médica disponibiliza, diariamente, – incluindo sábado e domingo, às 16h, uma roda de conversa aos familiares que possuem parentes internados.
A secretária de Saúde do município, Mariana Jales, ressalta que a “Prefeitura por meio da Semus não tem medido esforços para o enfrentamento do coronavírus. A Covid-19 é uma doença nova, onde o mundo ainda aprende a lidar com ela, o que causa medo para pacientes e familiares. Para um melhor acolhimento destas pessoas, nossos profissionais têm valorizado a afetividade e sensibilidade como elementos necessários do cuidar, além de uma comunicação diária com os familiares”.
A humanização do atendimento é essencial para redução do sofrimento de quem precisa ser internado ou se consultar em um hospital. O coordenador do Hospital Municipal de Campanha, Vitor Pachelle, explica “enquanto profissional é muito gratificante ver um paciente reinserido em seu ambiente de conforto e ao lado das pessoas que amam, é emocionante, principalmente pela apreensão e o medo causado pela doença”, relata.
Encaminhado da Unidade de Pronto Atendimento, UPA, São José, o morador da Nova Imperatriz, Jânio Porto Sá, 53 anos, passou 6 dias internado no hospital, após testar positivo para Covid-19. Sua filha Nayana Pimentel de Sá, assistente administrativa, discorre de como eram as idas ao hospital, já que o protocolo de segurança da instituição de saúde, não disponibiliza visitas aos internados.
“Todos os dias realizavam rodas de conversa com os familiares dos pacientes internados. Nas abordagens explicavam sobre vírus, de como a pessoa é contaminada e, principalmente, sobre o tratamento que os pacientes estavam recebendo durante a internação, acomodações do hospital e as refeições que eles recebiam. O coordenador fazia questão de deixar os familiares a par de toda situação”, enfatiza.
Sobre o boletim médico, cada família recebe as informações do paciente na área externa do hospital, para evitar os riscos de contágio da doença. Nayana descreve o momento: “O boletim acontece de forma individual, a equipe médica de plantão ia ao encontro dos familiares e relatava o quadro clínico dos pacientes nas últimas 24h. Todos os médicos foram atenciosos e estavam dispostos a sanar as nossas dúvidas”.
Em casa, a família comemorou a alta hospitalar de Jânio onde segue com os protocolos de tratamento da equipe médica, como a medicação, repouso, ingestão de líquidos e uma alimentação balanceada. Sobre os serviços prestados, Nayana destaca que “de forma geral vi um trabalho com amor e humanização, no qual o respeito pelo próximo era evidente”, conclui.